terça-feira, 25 de outubro de 2011

Linux nas empresas

Até mesmo quem nunca mexeu no Linux sabe que esse sistema operacional ganha novos usuários a cada dia. Quem acompanha as notícias com mais freqüência sabe que a maioria desses novos usuários são empresas. O número de companhias que estão adotando o Linux é cada vez maior. Mas, se por esse lado o Linux alcança esse sucesso, por outro, o lado dos usuários domésticos, o mesmo não acontece. Não, isso não significa que o número de usuários "caseiros" não cresce. Isso acontece sim, mas numa proporção menor se comparado ao crescimento do Linux nas empresas. Por que será que existe essa diferença?
A adoção do Linux pelas empresas se deve, basicamente, aos seguintes motivos: custo/benefício e capacidade de operação. As companhias sempre buscam formas de cortar custos. Com o Linux, conseguem fazer isso evitando gastos enormes com a aquisição de licenças de software. É óbvio que tais empresas não adotam um sistema simplesmente por ser de baixo custo. É necessário que esse sistema satisfaça as necessidades da empresa. O Linux não só permite que isso aconteça como também proporciona ótima performance nas operações em que é destinado. As empresas podem usar o Linux para diversas funções, principalmente para aquelas relacionadas à redes. As mais utilizadas são:
§ Servidor de páginas na internet (servidor Web);
§ Servidor FTP;
§ Servidor de e-mail;
§ Servidor Samba (Servidor Windows);
§ Servidor DNS (Domain Name Server);
§ Gateway (roteador) entre uma LAN (rede local, como num prédio, por exemplo) e a internet;
§ Servidor de banco de dados.
§ Esses são os exemplos mais comuns. O Linux oferece uma gama tão ampla de recursos que pode ser usado para os mais diversos fins. Sabe-se, por exemplo, que estúdios de cinema em Hollywood estão usando Linux em clusters, principalmente para a geração de efeitos especiais. De uma forma em geral, as empresas que adotam o Linux contam com o fato de poderem alterar o sistema para que ele se adeque às necessidades da companhia.
§ Do lado do usuário doméstico, no entanto, isso já não é tão promissor assim. Mesmo com as distribuições Linux oferecendo cada vez mais facilidade de uso a cada versão, o Linux vem sendo adotado quase que exclusivamente por usuários que trabalham com computação/informática. É raro ver alguém que não seja da área usando esse sistema. Isso acontece não só por causa da popularidade dos sistemas operacionais pagos, mas também porque o Linux ainda não é um sistema fácil de se trabalhar, se comparado com o Windows ou Mac OS, por exemplo. Talvez, facilidade não seja o termo adequado a se empregar aqui, a não ser que associemos tal termo à costume. No geral, as pessoas, mesmo as que trabalham com informática estão acostumadas a usar outro sistema operacional e migrar para o Linux pode causar muita estranheza. Provas de que essa questão de facilidade é relativa podem ser vistas nos projetos de inclusão digital, como os Telecentros em São Paulo. Neles, a população carente tem acesso à internet e pode usar os computadores para tarefas do dia-a-dia. O sistema operacional que roda nesses computadores é o Linux. A maioria dessas pessoas nunca teve contato com um computador. Com os Telecentros estão tendo a primeira oportunidade.
§ Outro fator a contar é o desempenho. O Linux não trava (às vezes isso acontece, mas não se trata do Linux, e sim de algum componente seu, como o ambiente gráfico), pois oferece um gerenciamento de memória muito eficiente, segurança e robustez. Mesmo com todas essas vantagens, o crescimento do uso do Linux ainda é pequeno entre os usuários domésticos e, como já foi dito, uma das razões para isso é o costume com outro sistema operacional. Para exemplificar: se em um determinado sistema operacional o usuário consegue instalar drivers para equipamentos de hardware, pode sentir grandes dificuldades para fazer o mesmo no Linux. Em certos casos, uma tarefa é mais simples de ser feita em um outro sistema operacional. Isso porque esse usuário ainda não está acostumado com o "sistema do pingüim".
§ As empresas não precisam, dependendo da aplicação, de facilidades de uso para utilizar o Linux, visto que contratam mão-de-obra especializada. Elas dão prioridade aos quesitos custo e desempenho. Um fato que deve ser notado é que essas empresas nem sempre utilizam o Linux como uma estação de trabalho ou em PCs. Por que? Mais uma vez entra em cena a questão do costume e facilidade. Os funcionários (por exemplo, uma recepcionista) estranharão muito se tiverem que usar o Linux. Mesmo quando as empresas oferecem treinamento, leva tempo para uma adaptação. Apesar disso, muitas companhias já perceberam que é menos custoso investir em treinamento para uso do Linux do que na aquisição de sistemas e programas pagos.

http://www.infowester.com/linempxdomes.php

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